segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os engenhos e o ciclo do açúcar em Sergipe


O seguinte relatório tem por objetivo mostrar como se deu a visita aos engenhos São Felix, Camaçari e o engenho Dira, e analisar a importância das regiões onde esses engenhos se encontram para o desenvolvimento econômico de Sergipe.

A produção açucareira de Sergipe se deu tardiamente, comparando com a Bahia e Pernambuco, o auge dessa produção se deu no século XIX, as regiões onde essa atividade mais se desenvolveu foi à região da Cotinguiba, do rio Vaza Barris, e a do rio Piauí. Segundo o professor Samuel Albuquerque “a vantagem de se morar em um estado territorialmente pequeno como é Sergipe é a fácil locomoção para as regiões aonde a cultura da cana de açúcar mais se desenvolveu”. Podemos analisar também as relações politicas e econômicas que existiam entre esses engenhos, na maioria das vezes a figura do casamento “arranjado” era a forma de união entre as famílias de engenhos distintos. Por fim o ciclo de estudos sobre os engenhos se deu com a visita a casa de dona Baby no município de Laranjeiras.

O primeiro engenho a ser visitado foi o engenho São Felix (figura 1 e 2) situado no município de Santa Luzia do Itanhi, esse engenho pertence à bacia do rio Piauí. Ao chegarmos ao engenho o professor Antônio Lindivaldo (figura 3) apresentou-nos uma breve história sobre o engenho, segundo ele o engenho teria sido fundado no século XVII, sua produção a principio foi voltada para a produção de açúcar mascavo, porem no inicio do século XX esse teria se transformado em usina, voltando sua produção para o açúcar refinado, desde sua fundação até os dias atuais a administração da fazenda foi exercida pela família Vieira, dentre eles o Major Cizenando de Souza Vieira e sua esposa Adelaide Souza Leite.




Após esse primeiro momento saímos da cidade de Santa Luzia do Itanhi e nos encaminhamos a região do rio Vaza-Barris, mais precisamente ao município de Itaporanga D’Ajuda, para visitarmos a fazenda onde se localizava o antigo engenho Camaçari (figura 4). Chegando lá o professor Samuel Albuquerque (figura 5) do departamento de Museologia da UFS nos apresentou uma breve história sobre o engenho, sua ramificação derivada do engenho Escurial, segundo o prof: Samuel o engenho Camaçari é um lugar de memórias, segundo o mesmo os primeiros registros sobre o engenho datam de 1807 de pertencimento do sr. José Ribeiro Lozano, posteriormente ele passa as mãos do Barão de Itaporanga em 1855, de 1870 até 1890 o engenho passa a administração do Barão de Estancia. Atualmente a fazenda pertence aos descendentes de José Rolemberg Garcez. Após a explanação do prof: Samuel visitamos a capela do engenho (figura 6).




Após o almoço na cidade de Itaporanga, nos dirigimos em direção ao engenho Dira (figura 7) na bacia do Vaza-Barris na mesma cidade, chegamos aproximadamente as 15 horas e 20 minutos no ex- engenho Dira. Esse pertencia a Antônio Teles de Menezes e Lourença de São José Sobral e Menezes, no século XIX. Atualmente pertence ao grupo Maratá do Sr. José Augusto Vieira.
A casa grande passou por muitas reformas, perdendo alguns traços originais, mas ainda sua arquitetura colonial é visível. (figura 8). Fomos visitar a capela construída no ano de 1703. (figura 9). O professor Antônio Lindvaldo deu uma aula dentro da capela, (figura 10), onde abordou que ambas a capela do Camaçari e do Dira são devotos se São Benedito, e que essa capela pertence ao Vaticano I.





Em seguida para finalizar as visita técnica as regiões produtora de cana-de-açúcar, fomos a Contiguiba para conhecer a casa de Dona Baby Leite na fazenda Santa Cruz em Laranjeiras. (figura  11). Tivemos a fala de Priscila Guarino (figura 12) (Mestranda em Historia pela Universidade Federal de Sergipe), onde abordou que os moveis situados nessa fazenda são do engenho Oiteirinhos e do engenho Pedras, esse ultimo foi um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do Estado de Sergipe. (figuras 13, 14 e 15).